Mais um da série: ENDO (aprendENDO)
Se tem algo que preciso aprender nessa vida é o silêncio.
Sempre falei demais,
sou conhecida por ser tagarela e quando fico quieta, invariavelmente, alguém
pensa que estou com algum problema. E elas não estão completamente erradas,
porém não estão completamente certas. Preciso ficar quieta sim, quando algo não
vai bem ou quando estou em um processo de avaliação e mudança de algo em mim (e
nem sempre tem alo de errado nessa última situação, aliás, todos deveriam parar
para se conhecer).
Esses tempos tenho me dado conta de que o silêncio faz parte
de todos, inclusive de mim. Talvez, muito mais do que eu mesma possa imaginar. Tudo faz parte de nós, basta dar espaço. E o silêncio vem pedindo espaço. Nem tudo precisa ser
dito, não é mesmo? Quantas vezes você já morreu pela boca?
O que está por trás de um falatório que quando é preciso
dizer as coisas, a comunicação não funciona?
Talvez por isso sinta a necessidade de escrever sobre as
coisas que me atingem em outro nível.
Quando não se sabe sentir algumas coisas,
como expressar em palavras?
Só se consegue falar com segurança sobre algo que você
conhece. Se você sabe andar de bicicleta, você consegue explicar sem titubear,
como é andar de bicicleta, mas duvido que saiba explicar com tanta segurança
como se pilota um foguete.
Se está
resolvido dentro, então está tudo bem. Não necessita de autoafirmação.
E isso tudo me lembra outra música:
"O homem que diz "dou"
Não dá!
Porque quem dá mesmo
Não diz!
O homem que diz "vou"
Não vai!
Porque quando foi
Já não quis!
O homem que diz "sou"
Não é!
Porque quem é mesmo "é"
Não sou!"
Não dá!
Porque quem dá mesmo
Não diz!
O homem que diz "vou"
Não vai!
Porque quando foi
Já não quis!
O homem que diz "sou"
Não é!
Porque quem é mesmo "é"
Não sou!"
- Vinicius de Moraes
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