segunda-feira, 13 de abril de 2015

O que estou aprendendo com...O SILÊNCIO

Mais um da série: ENDO (aprendENDO)

Se tem algo que preciso aprender nessa vida é o silêncio.

Sempre falei demais, sou conhecida por ser tagarela e quando fico quieta, invariavelmente, alguém pensa que estou com algum problema. E elas não estão completamente erradas, porém não estão completamente certas. Preciso ficar quieta sim, quando algo não vai bem ou quando estou em um processo de avaliação e mudança de algo em mim (e nem sempre tem alo de errado nessa última situação, aliás, todos deveriam parar para se conhecer).

Esses tempos tenho me dado conta de que o silêncio faz parte de todos, inclusive de mim. Talvez, muito mais do que eu mesma possa imaginar. Tudo faz parte de nós, basta dar espaço. E o silêncio vem pedindo espaço. Nem tudo precisa ser dito, não é mesmo? Quantas vezes você já morreu pela boca?

O que está por trás de um falatório que quando é preciso dizer as coisas, a comunicação não funciona?

Talvez por isso sinta a necessidade de escrever sobre as coisas que me atingem em outro nível. 
Quando não se sabe sentir algumas coisas, como expressar em palavras?

Só se consegue falar com segurança sobre algo que você conhece. Se você sabe andar de bicicleta, você consegue explicar sem titubear, como é andar de bicicleta, mas duvido que saiba explicar com tanta segurança como se pilota um foguete.


Se está resolvido dentro, então está tudo bem. Não necessita de autoafirmação.

E isso tudo me lembra outra música:

"O homem que diz "dou"
Não dá!
Porque quem dá mesmo
Não diz!
O homem que diz "vou"
Não vai!
Porque quando foi
Já não quis!
O homem que diz "sou"
Não é!
Porque quem é mesmo "é"
Não sou!"

- Vinicius de Moraes

quarta-feira, 8 de abril de 2015

O que estou aprendendo com...OS TOMBOS

Algumas fases da vida não são fáceis.
E eu estou numa fase dessas.
A maioria das informações que tem chegado até meus olhos me remetem a uma única coisa: aceitação.
Sabe aquela frase: "Aceita que dói menos", então.
O que elas me dizem é basicamente isso. Aceite tudo que está acontecendo, inclusive e principalmente, as coisas ruins. Lutar e/ou resistir só vai causar mais dor. E luta é o oposto da paz que tenho buscado insanamente.
Ficar "brigando" com o fato das coisas não estarem do jeito que você gostaria, só vai dar mais ênfase a isso. Mude o olhar e foque sempre nas coisas bacanas que estão acontecendo.
Flua por esse momento com os olhos do coração bem atentos aos aprendizados. Costuma-se aprender muito nessas fases. E pelo que percebo, você não vai querer essa lição de casa de novo. Se dedique desta vez.
Fique atento ao entrar numa "vibe" menos positiva e aproveita pra praticar sua capacidade de elevar sua energia.

Aceita que não tá felizinha. Mas não seja a tristeza. Aceita que perder com o controle não é legal. E pare de se intitular como controladora. Esse título não é legal. Pare de gostar dele. Sério. Aceita tudo que chegar e treine sua capacidade de observar de longe. Não assuma certas coisas como sendo suas.
Aceitar. Aceitar. Aceitar.



segunda-feira, 6 de abril de 2015

O que eu aprendi com...OS ÓCULOS

Comecei as reflexões do dia logo que acordei hoje.
E uma pergunta me veio à cabeça: 
- Você já tentou colocar os óculos de outra pessoa?

Explico o motivo desta pergunta: quando conversamos com as pessoas, às vezes concordamos com o ponto de vista dela, outras vezes não. E isso é totalmente OK! Mas que necessidade louca é essa de estarmos sempre certos? Porque chegamos ao cúmulo de querer CONVENCER a pessoa a enxergar e fazer as coisas como NÓS fazemos?
Vambora aceitar o fato de que as pessoas enxergam as coisas como elas mesmas SÃO!

Voltemos aos óculos: se você assim como eu, por mera curiosidade já colocou os óculos alheios, sabe que o que ocorre de fato é um embaçamento da SUA visão.

Claro que criar empatia é bem bacana, mas cada um com seus óculos!
Paremos com esse lance de tentar enfiar nossos óculos nos outros e paremos de aceitar os óculos alheios!

Vamos à lição dos óculos:
-Já falei isso no post anterior, mas serve para a vida toda: ACEITAÇÃO!
Aceitar é a chave! Aceite seu ponto de vista e aceite o ponto de vista do outro! Aceita que você não vai mudar o modo como o outro enxerga as coisas, porque isso implicaria em mudar o outro por INTEIRO.

Os óculos pelos quais eu enxergo a vida não estão muito nítidos no momento, e tudo bem, pois isso é apenas uma fase. A chuva, o vento e outros fatores podem sujar nossas lentes de vez em quando.

Como estão os seus óculos?

quinta-feira, 2 de abril de 2015

O que eu aprendi com...O VENTO

Decidi escrever, pois sábado e domingo tiveram mais coisas em comum, além do fato de serem dois dias do final de semana.
Vamos começar dizendo que sou "festeira", o que é diferente de ser "baladeira". Eu curto lugares que tocam "músicas impossíveis de ficar parada", sabe? Mas não ando no pique de ficar farreando por aí. 
Com essa falta de vontade pré-estabelecida e algumas coisas que surgiram durante a semana, já tinha definido que iria trabalhar a tarde toda de sábado e como resultado, iria trazer trabalho pra casa. Mas nem tudo estava perdido, quando cansasse iria ler alguma coisa não relacionada ao trabalho para espairecer.

Pausa aqui! Quem disse que você tem controle sobre as coisas? 
Eu ainda acho que tenho, como boa controladora que sou. Estou trabalhando nisso e apesar de não está sendo fácil, está sendo bem agradável se deixar levar ao sabor do vento, ao invés de ficar remando feito louca, isso cansa os braços e a alma.

Então, a vida/universo/Deus ou seja lá o nome você prefere, decidiu testar minhas velas. 
Se eu for parar para pensar, não é de hoje que isso acontece. Mas dessa vez, além de seguir o fluxo, eu consegui aproveitar a viagem. Das outras vezes, eu apenas ia. Imagina uma folha voando toda desajeitada. Imaginou? Aquela folha era eu. 
Porém, dessa vez foi diferente. Eu me senti num barquinho a vela, mesmo! Estava remando de boa (sem cansar os braços e a alma) e sabe o que aconteceu quando eu senti o vento? Eu achei bom! Percebi que poderia ir um pouquinho mais longe com a ajuda dele e não fiquei desesperada achando que estava saindo da minha rota. 

O vento começou levando meus planos de trabalho do sábado pra longe e trazendo de volta o convite de uma festa que eu tinha jogado fora. 
O sopro divino sabe o que fazer com a sua vida, e pasme, muito melhor do que você! Nem se eu tivesse imaginado e planejado, eu teria me divertido tanto! E o pior, eu nem sabia que estava PRECISANDO disso! Conheci pessoas INCRÍVEIS! Dancei sem parar (sem exagero) e com pessoas que eu nunca tinha visto na vida, até a hora de ir embora. Vale lembrar que eu não tenho o costume de encher a cara, pois já sou meio fora da casinha por conta própria. Era a alegria que estava falando por mim e a alegria é leve e aberta às coisas da vida.
Quando sentei no carro, me perguntei se tinha ido realmente a uma festa ou tinha corrido uma maratona. Meu corpo inteiro doía e alguns músculos que eu nem sabia que existiam, deram sinal de vida (ou de morte rs). Em compensação, fazia tempo que não sentia a alma tão cheia de vida e leve! Com a alma energizada, o jeito foi tomar um banho e descansar o corpinho.

Apesar de ter hibernado, meu corpo ainda estava sentindo os efeitos da "possessão" pela alegria do dia anterior e na minha cabeça, eu só iria botar o pé na rua pra almoçar.
O almoço foi ótimo, tarde divertida em casa, ambos de acordo com meus planos. Eba!

Imagina a seguinte cena: você está na janela com um papel na mão e resolve jogar ele fora. De repente, bate um vento e quando você menos espera aquele papel volta e gruda bem na sua cara! 

Essa sensação resume o final do meu dia de domingo.
O papel que tinha jogado pela janela era o convite pro cinema e só depois de assistir o filme, entendi porque o vento tinha grudado ele na minha cara. Pelo simples fato que eu PRECISAVA assistir aquele filme. Me dei conta que algumas sensações do sábado se repetiam no domingo. Nem se eu tivesse parado para escolher um filme para mexer comigo, teria escolhido tão bem! Quem já chorou assistindo documentário? Bem, agora eu posso levantar o braço quando me fizerem essa pergunta. Esse filme mexeu comigo por diversos motivos que não cabem neste post. 
Prefiro não tecer comentários sobre o filme nessa postagem, mas deixo o Trailer para quem ficou interessado.

Vamos às lições que aprendi com o vento:
- "Perder" o controle é essencial para a vida. Imagina se o polén lutasse contra o vento? Não teríamos tantas flores enfeitando nosso mundo por aí.
- Aceitar que a "perda" do controle não significa sair da rota. Confiar na vida é necessário! Uma frase resume tudo que estou sentindo: Entrego, Confio, Aceito e Agradeço.

Você usa o vento a seu favor?