Decidi escrever, pois sábado e domingo tiveram mais coisas em comum, além do fato de serem dois dias do final de semana.
Vamos começar dizendo que sou "festeira", o que é diferente de ser "baladeira". Eu curto lugares que tocam "músicas impossíveis de ficar parada", sabe? Mas não ando no pique de ficar farreando por aí.
Com essa falta de vontade pré-estabelecida e algumas coisas que surgiram durante a semana, já tinha definido que iria trabalhar a tarde toda de sábado e como resultado, iria trazer trabalho pra casa. Mas nem tudo estava perdido, quando cansasse iria ler alguma coisa não relacionada ao trabalho para espairecer.
Pausa aqui! Quem disse que você tem controle sobre as coisas?
Eu ainda acho que tenho, como boa controladora que sou. Estou trabalhando nisso e apesar de não está sendo fácil, está sendo bem agradável se deixar levar ao sabor do vento, ao invés de ficar remando feito louca, isso cansa os braços e a alma.
Então, a vida/universo/Deus ou seja lá o nome você prefere, decidiu testar minhas velas.
Se eu for parar para pensar, não é de hoje que isso acontece. Mas dessa vez, além de seguir o fluxo, eu consegui aproveitar a viagem. Das outras vezes, eu apenas ia. Imagina uma folha voando toda desajeitada. Imaginou? Aquela folha era eu.
Porém, dessa vez foi diferente. Eu me senti num barquinho a vela, mesmo! Estava remando de boa (sem cansar os braços e a alma) e sabe o que aconteceu quando eu senti o vento? Eu achei bom! Percebi que poderia ir um pouquinho mais longe com a ajuda dele e não fiquei desesperada achando que estava saindo da minha rota.
O vento começou levando meus planos de trabalho do sábado pra longe e trazendo de volta o convite de uma festa que eu tinha jogado fora.
O sopro divino sabe o que fazer com a sua vida, e pasme, muito melhor do que você! Nem se eu tivesse imaginado e planejado, eu teria me divertido tanto! E o pior, eu nem sabia que estava PRECISANDO disso! Conheci pessoas INCRÍVEIS! Dancei sem parar (sem exagero) e com pessoas que eu nunca tinha visto na vida, até a hora de ir embora. Vale lembrar que eu não tenho o costume de encher a cara, pois já sou meio fora da casinha por conta própria. Era a alegria que estava falando por mim e a alegria é leve e aberta às coisas da vida.
Quando sentei no carro, me perguntei se tinha ido realmente a uma festa ou tinha corrido uma maratona. Meu corpo inteiro doía e alguns músculos que eu nem sabia que existiam, deram sinal de vida (ou de morte rs). Em compensação, fazia tempo que não sentia a alma tão cheia de vida e leve! Com a alma energizada, o jeito foi tomar um banho e descansar o corpinho.
Apesar de ter hibernado, meu corpo ainda estava sentindo os efeitos da "possessão" pela alegria do dia anterior e na minha cabeça, eu só iria botar o pé na rua pra almoçar.
O almoço foi ótimo, tarde divertida em casa, ambos de acordo com meus planos. Eba!
Imagina a seguinte cena: você está na janela com um papel na mão e resolve jogar ele fora. De repente, bate um vento e quando você menos espera aquele papel volta e gruda bem na sua cara!
Essa sensação resume o final do meu dia de domingo.
O papel que tinha jogado pela janela era o convite pro cinema e só depois de assistir o filme, entendi porque o vento tinha grudado ele na minha cara. Pelo simples fato que eu PRECISAVA assistir aquele filme. Me dei conta que algumas sensações do sábado se repetiam no domingo. Nem se eu tivesse parado para escolher um filme para mexer comigo, teria escolhido tão bem! Quem já chorou assistindo documentário? Bem, agora eu posso levantar o braço quando me fizerem essa pergunta. Esse filme mexeu comigo por diversos motivos que não cabem neste post.
Prefiro não tecer comentários sobre o filme nessa postagem, mas deixo o Trailer para quem ficou interessado.
Vamos às lições que aprendi com o vento:
- "Perder" o controle é essencial para a vida. Imagina se o polén lutasse contra o vento? Não teríamos tantas flores enfeitando nosso mundo por aí.
- Aceitar que a "perda" do controle não significa sair da rota. Confiar na vida é necessário! Uma frase resume tudo que estou sentindo: Entrego, Confio, Aceito e Agradeço.
Você usa o vento a seu favor?