quinta-feira, 6 de agosto de 2015

O que estou aprendendo com...A CNV

Sobre paixões:

- Sua mente pensa quase que integralmente no objeto da paixão e só para quando alguém ou sua própria consciência te chama de volta à Terra.
- Você acredita que a vida é melhor depois dela.
- Tudo que você vê te lembra dela.
- Como boa escorpiana, minha paixão pode ser considerada quase que uma obsessão.
- A vida não faz sentido sem ela.
- Você quer saber tudo sobre ela.
- Se pudesse beber de canudinho, beberia. Só para sentir a sensação maravilhosa de ter ela do lado de dentro do meu ser.

Parece, mas não estou apaixonada por alguém.

Nesses últimos tempos tenho lido e ouvido muito sobre esse tema: paixão pelo que se faz. O que é sentir paixão por um tema/visão de vida/trabalho etc??

Me fiz essa pergunta e percebi que é muito parecido com as paixões que senti por alguns mocinhos (tirando a parte de beber de canudinho rsrs).  

Desde que me deparei com dois temas, sinto tudo isso que descrevi acima juntamente com uma vontade imensa de querer saber cada vez mais sobre: EMPATIA e COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA e ver esses dois temas sendo minha prática diária até o fim dos meus dias. 
Quando consigo colocar a CNV em prática, uma energia/inspiração gigantesca começa a brotar dentro do meu peito. Sério, me emociono quando lembro dessa sensação.
Acredito tanto nessa combinação, que chego a pensar que já estamos evoluindo para uma relação de amor. 

É fácil trocar anos de uma comunicação baseada em ataque por outra empática e compassiva? A resposta é: não. Nasci, me criei e ainda estou (estamos) em contato diário com essa cultura, que às vezes não parece, mas é sim altamente violenta. 
Fico feliz que hoje posso escolher se quero seguir essa estrada muito bem asfaltada ou se vou sair da rota e explorar essa linda estrada de terra cheia de flores. 
Pensei que tudo isso era uma grande bobagem e senti vontade de apagar tudo isso da minha mente? Pensei. Mas o universo sempre me traz de volta pro caminho da CNV. E que sigamos sempre assim, eu amando cada vez mais e ela demonstrando os benefícios de amá-la e quanto isso faz bem para todos ao meu redor!        

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

O que ainda estou aprendendo com...A RESISTÊNCIA

Esses tempos estou com a impressão de que este blog não está servindo para o que eu tinha em mente. (Até porque não tenho usado ele, rá!)
A função dele era ser um lembrete, algo que funcionasse como um "motivador", um "não desista", "você está caminhando", "veja, você já aprendeu isso", "você não é uma completa fracassada", "ei, olha que bacana, você sabe fazer isso" ou "olha, você esqueceu isso temporariamente, mas lembre-se disso!".
No entanto, sinto que não estou aprendendo nada. E essa sensação é terrível! Porque acho isso? Pois não estou colocando em prática nada daquilo que já deveria ser um hábito!  

PAUSA AQUI! - Uma frase me chamou atenção: "...já deveria ser um hábito". Sabe o que isso significa? RESISTÊNCIA! Estou resistindo ao que tem de ser. Estou lutando contra e não estou aceitando todo o processo que estou vivendo. Como posso aprender se não estiver "ok" com que está acontecendo?  

Li uma frase (infelizmente não lembro o autor) que dizia que o defeito que você mais implica no outro, pode ser o berço da maior qualidade dele. Trazendo isso para dentro, caiu uma ficha enorme bem no meio da minha testa: é isso que está acontecendo comigo! Estou implicando com algo que muitas vezes é uma qualidade, a minha resistência/determinação. 
O grande "truque" é saber quando ser firme e quando ser "folha". Leve, capaz de ir com a vida. 
Percebo que sempre volto à máxima: "A resposta está dentro de você". Como acessar? Acho que está na hora de voltar a meditar :)    

O que eu aprendi com...O MEU CABELO

Sempre senti que esse texto tinha de sair de mim. Muito antes de pensar em criar o blog.
Acho até que ele deveria ser o texto de abertura do blog, pois ele é altamente representativo e na verdade ele é o motivo real da existência desse blog.

A princípio, o título pode parecer um tanto estranho, mas se você seguir comigo com certeza vai entender o porquê dele.

Esse texto começa com uma volta ao passado.

Quando era criança/pré-adolescente, sofria o que hoje é conhecido como "bullying".

- "Bullying" é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo "bullying" tem origem na palavra inglesa "bully", que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato. Fonte


Sim, só a definição já traz um sentimento ruim. Hoje, após (no mínimo) 16 anos me livrei daquela rotina massacrante (livrar-se das memórias é um treco complicado) e consegui superar.

Sofria zoação na escola porque era magra demais (rélou! Pessoas que eram "gordinhas", vocês não estavam sozinhas neste barco da tiração de sarro rs). Também (talvez principalmente) era zoada porque meu cabelo era cacheado. Era, porque de tanto ouvir que meu cabelo era "ruim" e de tanto ser chamada de "vassoura", resolvi alisar as madeixas.

Alguns anos se passaram e minha luta contra meus cachos seguia firme e forte. Comecei fazendo relaxamento, pois a ideia era só deixar os cachinhos mais "calmos", passei pelo alisamento japonês (como diz o Marco Luque: elas nem precisam de escova! rsrs) e voltei pro relaxamento novamente (adicione uns bons anos neste longo processo).  

Temos uma grande necessidade de sermos aceitos, pois somos seres que vivemos em sociedade. Isso era tão importante quando vivíamos na época das cavernas, que ficou registrado como fator essencial para nossa sobrevivência, então a mãe natureza manteve isso na nossa evolução. 
Acontece que não vivemos mais naquele tempo e tem uma hora que sua essência quer vir à tona, cansa de ficar sendo jogada dentro do porão e grita tão alto que acorda a vizinhança toda e manda essa necessidade de aceitação pra ponte que partiu! Ela vem chutando a porta e perguntando: Quem precisa da opinião dos outros, mesmo? Ainda joga na sua cara que quem gosta de você, vai continuar gostando e que eles sempre te aceitaram e você estava buscando aceitação de pessoas que nunca fizeram parte da sua vida (e nunca farão, ainda bem!). 
Pode demorar o tempo que for, uma hora o seu verdadeiro eu vai chutar a porta do porão onde você tentou trancar ele e essa força é tão grande, que você não conseguirá ir contra e vai perceber que se juntar a você mesmo é o "mais fácil" e o melhor caminho.Simples.
Dois anos e um mês depois do último alisamento, estou a um corte de cabelo de distância de ter meus cachinhos por completo.

Depois que decidi parar de alisar os cabelos, entrei na fase de transição que é a mais chata e incômoda. Neste período fui atrás de informação para saber como lidar com meus futuros cachinhos. Me dei conta de algo incrível: eu não conhecia como era o meu cabelo. Não parece louco isso? Como você tem aquilo com você desde o útero da sua mãe e você não conhece? Muitas coisas se passaram pela minha cabeça nesse processo de "nascença" do meus cachos.
E eu entendi o porque meu cabelo é cacheado!
Se as ideias dentro da minha cabeça são enroladas, como meu cabelo poderia ser liso?! (Um toque de romantismo aqui rs)  

Vamos aos aprendizados mais significativos:

- Para estragar é rapidinho, tenha muita paciência para consertar.
- O passo mais importante e tudo começa com ele, é: ACEITAR-SE!Seja quem você é pronto. É lindo isso! Já parou pra pensar que ninguém nesse mundo é igual a você, meu caro (a)? Só você tem suas qualidades e não-qualidades. E qual o problema disso? Ninguém tem o poder de te dizer que algo em você é ruim e/ou você não será aceito se não seguir um certo padrão. Querendo ou não, você concordou com isso em algum momento. Porque tratar os outros melhor do que você se trata? Como você pode ser outra pessoa que não VOCÊ MESMO? É insano pensar nisso! Você não vai agradar a todos, então, lembre-se de agradar a si! Autenticidade hoje e sempre!
- Vá atrás de informação e busque pessoas que te inspirem! Elas também passaram pelo o que você está passando, você também vai conseguir passar por isso e quem sabe inspirar outras pessoas? 
- Sabe aquela frase: "Cabelo cresce!"? Sim, parece ridículo, mas é "complexo assim". Enxergar o óbvio não é óbvio rs. Aprendi (na pele e preciso continuar me lembrando disso) que a ansiedade não vai acelerar o processo, as coisas tem uma velocidade própria e eu não tenho o poder de alterar isso. "Esquecer" de algo ajuda. É como as horas, se ficar olhando pro relógio parece que o tempo não passa. Paremos de "olhar para os nossos relógios". A hora vai chegar. 
- Vai ter dias que "eles" não vão acordar querendo te deixar linda. Como os dias nublados. Você simplesmente aceita. Tenta ajeitar, prende uma parte ou tudo. O importante é não arrumar briga por conta disso. A resistência pode ser uma ótima aliada, mas em certas situações só causa sofrimento. Vai ser feliz! A felicidade não depende de tudo estar no "lugar exato", além do mais, a bagunça às vezes te ajuda a enxergar outras coisas. Sabe o que é engraçado? Percebi sair com ele "bagunçado" (é até estranho falar isso, pois não é da natureza dele ser "arrumado") é algo que pode "impactar" algumas pessoas e eu gosto de "causar" às vezes rsrs. 
- Por fim, mas não menos importante: TUDO PASSA! Uma hora você vai piscar e só vai lembrar do lado bom de tudo que aconteceu. De verdade. 
Sabe aquela sensação de liberdade? 
Trabalhe no seu autoconhecimento e autoaceitação e você descobrirá! Não que eu esteja 100%, mas agora eu sei que quero continuar nesse caminho.


Estou em um outro processo, mas continuo me inspirando e me espelhando em tudo que aprendi com meus cachinhos!



sábado, 2 de maio de 2015

O que eu estou aprendendo com...O TRABALHO

Alguns feriados trazem reflexões.
Neste momento da minha vida, esse feriado do dia do trabalho tem um sabor diferente. Não é completamente ruim, mas ainda não é doce como eu gostaria.

Você já parou pra pensar no PORQUÊ do seu trabalho? Porque você decidiu focar quase toda sua energia nele? Qual era sua intenção inicial? Você se sente realizado? As respostas estão na ponta da língua? Parabéns!

Você consegue se responder que tipo de trabalho você faria se não precisasse de um centavo para viver?


Sei que logo terei uma resposta pra essa pergunta =)

segunda-feira, 13 de abril de 2015

O que estou aprendendo com...O SILÊNCIO

Mais um da série: ENDO (aprendENDO)

Se tem algo que preciso aprender nessa vida é o silêncio.

Sempre falei demais, sou conhecida por ser tagarela e quando fico quieta, invariavelmente, alguém pensa que estou com algum problema. E elas não estão completamente erradas, porém não estão completamente certas. Preciso ficar quieta sim, quando algo não vai bem ou quando estou em um processo de avaliação e mudança de algo em mim (e nem sempre tem alo de errado nessa última situação, aliás, todos deveriam parar para se conhecer).

Esses tempos tenho me dado conta de que o silêncio faz parte de todos, inclusive de mim. Talvez, muito mais do que eu mesma possa imaginar. Tudo faz parte de nós, basta dar espaço. E o silêncio vem pedindo espaço. Nem tudo precisa ser dito, não é mesmo? Quantas vezes você já morreu pela boca?

O que está por trás de um falatório que quando é preciso dizer as coisas, a comunicação não funciona?

Talvez por isso sinta a necessidade de escrever sobre as coisas que me atingem em outro nível. 
Quando não se sabe sentir algumas coisas, como expressar em palavras?

Só se consegue falar com segurança sobre algo que você conhece. Se você sabe andar de bicicleta, você consegue explicar sem titubear, como é andar de bicicleta, mas duvido que saiba explicar com tanta segurança como se pilota um foguete.


Se está resolvido dentro, então está tudo bem. Não necessita de autoafirmação.

E isso tudo me lembra outra música:

"O homem que diz "dou"
Não dá!
Porque quem dá mesmo
Não diz!
O homem que diz "vou"
Não vai!
Porque quando foi
Já não quis!
O homem que diz "sou"
Não é!
Porque quem é mesmo "é"
Não sou!"

- Vinicius de Moraes